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Primeira semana de 2017 é de mobilizações

Rio- A primeira semana de 2017 começará com muita mobilização do funcionalismo estadual do Rio contra os atrasos salariais e as medidas de austeridade que o governo propõe. Os servidores da Saúde entram em greve a partir de hoje e, na sexta-feira, um grande ato com todas as categorias promete tomar conta do entorno do Palácio Guanabara. Além disso, há possibilidade de paralisação geral ainda este mês.

O ato de sexta-feira — mesmo dia de início do pagamento parcelado dos salários de novembro — é organizado pelo Movimento Unificado dos Servidores Estaduais (Muspe). Os manifestantes sairão do Largo do Machado, onde começará a concentração a partir das 10h, até o Palácio Guanabara.

“Fizemos a ‘ceia da miséria’ e agora faremos a passeata do ‘calendário da fome’. Vamos ao palácio para cobrar o pagamento integral de todas as categorias e o 13º salário, pois não há nem previsão para isso”, declarou um dos líderes do Muspe e presidente da Associação dos Bombeiros Militares (ABMERJ), Mesac Eflain.

O Muspe pretende organizar outros atos ao longo do mês e até a abertura dos trabalhos na Alerj, em fevereiro. O Legislativo votará o projeto de aumento de 11% para 14% da alíquota previdenciária do funcionalismo.

A PARTIR DE SEXTA

Os servidores ativos, inativos e pensionistas do Executivo começarão a receber os salários de novembro parcelados em até cinco vezes a partir de sexta. Até o momento, foram pagos os ativos da Educação, Fazenda e uma parte da Saúde. Ativos e inativos da Segurança foram pagos, além dos funcionários da PGE, Detran e Loterj — estes com verbas próprias.

PARALISAÇÃO DA SAÚDE

A greve dos servidores da Saúde foi deliberada em assembleia na última quinta-feira e começa hoje. Diretor da Federação Nacional dos Médicos, Jorge Darze diz que os serviços essenciais serão mantidos e que a paralisação afetará mais os atendimentos ambulatoriais. Na sexta-feira, as categorias farão nova assembleia para avaliar o movimento.

DÉFICIT DE R$ 19,3 BI

O estado entrará o ano de 2017 com um déficit orçamentário de R$ 19,3 bilhões, agravando ainda mais os riscos de cortes na estrutura da administração. O projeto de lei 2.128/16, do Executivo, prevê uma receita de R$ 58,3 bilhões e pouco mais de R$ 77,7 bilhões em despesas. O texto foi aprovado em dezembro pela Alerj com mais de 4 mil emendas.

AUMENTO DE RECEITA

Uma das emendas ao texto propõe incremento de receitas. “Se for contar só com a receita real o estado não chega ao valor total das duas folhas de ativos e inativos”,disse o deputado Luiz Paulo (PSDB). O aditivo sugere a revisão do cálculo de royalties do petróleo e das participações governamentais do gás e a cobrança judicial ao retroativo de cinco anos desses valores.

Fonte: O dia on line – 02/01/2017