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Servidores estaduais e profissionais de educação fazem protesto no Rio

Profissionais da educação do Rio fizeram passeata até o Palácio Guanabara (Foto: Nicolás Satriano/G1)

 

Em protesto contra a administração estadual, servidores públicos saíram em passeata por ruas da Zona Sul, na tarde desta quarta-feira (6), e interditaram completamente a Rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras, por aproximadamente duas horas. Os cerca de 2 mil funcionários públicos se reuniram no Largo do Machado e, depois, por volta das 15h50, partiram em direção ao Palácio Guanabara.

Enquanto os manifestantes seguiam para o palácio, representantes do Movimento Unificado de Servidores Estaduais (Muspe) e Sindicato de Profissionais da Educação (Sepe) já estavam reunidos com o governador em exercício, Francisco Dornelles, e o secretário de Governo, Affonso Monnerat.

Durante a reunião, de acordo com a coordenadora do Sepe Marta Moraes, o governador disse aos representantes dos servidores que se “estivesse no lugar” deles, “estaria fazendo a mesma coisa”, ou seja, protestando. O G1 não conseguiu confirmar a fala de Dornelles com o governo.

“Ele falou que se estivesse no nosso lugar, estaria fazendo a mesma coisa. Por que nós estamos sem salário, e estamos sem condições de pagar as nossas contas. Então ele afirmou que a nossa pauta, a nossa luta, é uma luta justa. Se o governador considera a nossa luta justa, nós queremos que ele cumpra a nossa pauta”, afirmou a diretora do Sepe.

Embora tenha se mostrado favorável à manifestação dos servidores do estado, o governador não foi preciso quanto às soluções para a crise no funcionalismo público, segundo relato dos funcionários. Presidente do Sindicato de Servidores do Degase, João Rodrigues disse que só na próxima semana o governo poderia apresentar algo concreto sobre, por exemplo, os salários dos servidores – que estão atrasados.

Enquanto representantes das categorias de profissionais do estado se reuniam com o governador, servidores protestavam do lado de fora do palácio. Os quase 2 mil manifestantes tomaram a frente da sede do governo e lá permaneceram por quase duas horas. A Rua Pinheiro Machado, uma das principais vias do bairro de Laranjeiras, ficou totalmente interditada nos dois sentidos, Botafogo e Túnel Santa Bárbara, Centro.

Entre gritos e palavras de ordem contra o governo, os manifestantes pediam uma posição contundente de Dornelles em relação às reivindicações das categorias.

Greve e escolas ocupadas
No dia 2 de março, os profissionais da educação entraram em greve. Pelo menos dez colégios já foram ocupados por alunos em apoio aos professores. Os estudantes também tem outras reivindicações, como ar-condicionados nas escolas e melhorias em infraestrutura.

A Secretaria de Educação (Seeduc) diz que não vê “nos líderes do movimento intenção em desocupar as unidades” e afirma que há partidos políticos por trás das ocupações de alunos.

Até a tarde desta quarta, a situação do pagamento do salário dos servidores seguia em aberto, como apurou o G1. Segundo o governo, a chance de o pagamento integral ser feita até o 10° dia útil deste mês é muito pequena, como informou o RJTV.

No entanto, o governo ainda tem a expectativa da liberação do empréstimo de R$ 1 bilhão, aprovado pelo governo federal. Com a verba, seria possível efetuar o pagamento de toda a folha. Até sexta (8) deve ser definida a data e as condições do pagamento da folha de março.

Fonte: PORTAL G1